domingo, 30 de dezembro de 2012

ATUALIZAÇÃO - RÜHER - ONDE MORAVA GUSTAV EM BLUMENAU

Quando Marie Tekla Jacobi (filha de Raimund) e Gustav Richard Rühe (filho de Johann Hermann)  se casaram, adquiriram o lote 43 com 62.500 braças quadradas, em Blumenau, no distrito de Itoupava, ribeirão de Massaranduba (marcada em verde nos mapas abaixo), e aí foram constituir família.

Para a aquisição dos lotes, além do pagamento, os colonos assinavam um termo bilingue com condições de uso, com regras para o desenvolvimento da agricultura e moradia.  

A designação do lote de Gustav, com as devidas obrigações, foi assinada em maio de 1890. O direito ao titulo definitivo em novembro de 1894. Em quatro anos e meio, a família pagou e quitou seu lote.

"Cláusula 3ª : O comprador obterá o título definitivo de propriedade definitiva do lote designado depois de ter pago integralmente a sua importância, saldado tudo quanto dever à Fazenda Nacional, e provado que, por si ou por pessoa de sua confiança, tenha tido no mesmo lote um anno, pelo menos de reisdência habitual e cultura effectiva."




Documentos disponíveis para consulta no Arquivo Público de Santa Catarina, Florianópolis.

Também os irmãos da mulher de Gustav Rüher, Tekla Jacobi, tiveram lotes em Blumenau, Carl, Wilhelm e Albert.



No mapa acima, em verde a margem esquerda do ribeirão Itoupava, distrito XIV, onde era o lote de Gustav Rühe e Marie Tekla Jacobi depois de casados.

Em azul a localização aproximada do lote de Raimund Jacobi, nas margens do ribeirão da Mulda, onde viveu Marie Tekla Jacobi enquanto solteira.

Em vermelho a localização aproximada do lote de Johann Hermann Rühe em Blumenau, na região do Encano Norte, onde viveu Gustav Richard Rühe enquanto solteiro.





sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ATUALIZAÇÃO - JACOBI - O LOTE DE RAIMUND JACOBI EM BLUMENAU

Por oito anos, Raimund Jacobi permaneceu na fazenda cafeeira fluminense Santa Justa. Em março de 1861 transferiu-se com a família para a colônia Santa Isabel em Santa Catarina. Aí ficou mais alguns anos. Antes de 1873, mudou-se novamente  com a família, desta vez para a colônia Blumenau, cerca de 150 km. ao norte.

Na colônia Blumenau, Raimund Jacobi adquiriu o lote n° 87, com 82.727 braças quadradas (400.400 m²) no ribeirão da Mulda. 
"O terreno constante da prezente medição é de ínfima qualidade visto ser muito montanhoso."






O documento acima é o Memorial de Medição do lote de Raimund, feito pelo agrimensor João Breithaupt em 8 de maio de 1884, disponível para consulta no Arquivo Público de Santa Catarina. Nessa data Raimund contava com aproximadamente 55 anos e estava há pelo menos 10 em Blumenau. A solicitação do título de propriedade definitivo foi feita em 1895, conforme visto aqui.







O dois mapas foram disponibilizados pela pesquisadora Brigite Brandenburg no grupo Yahoo SC-Gen, muito obrigada !!! O primeiro, completo, está aqui.

A numeração do lote no primeiro mapa de 1872 e a descrição do lote constante no Memorial de Medição acima de 1884 (cita confronto oeste com o ribeirão), não conferem. Pode ter acontecido alguma  modificação na numeração dos lotes neste intervalo de tempo ou algum erro do agrimensor ou meu mesmo ...

Os filhos de Raimund também viveram em Blumenau, CarlWilhelmAlbert e Tekla. A documentação existente referente aos lotes que adquiriram está disponível para consulta no Arquivo Público de Santa Catarina, Wilhelm Jacobi ainda possui a documentação de um segundo lote que está disponível para consulta no Arquivo de Blumenau.



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

ATUALIZAÇÃO - JACOBI - COM QUEM VEIO RAIMUNDO ?

Em 1852 chegou ao Brasil, Raimund Jacobi, vindo de Böhlen, na Turíngia, para trabalhar numa das colônias de parceria fluminenses. Sempre me perguntei como teria vindo, já que por força contratual ele não poderia ter imigrado solteiro e sem família, como de fato veio. Com quem teria vindo ?




Fonte: Relatório apresentado ao Exmo.Sr.Vice-Presidente da Província do Rio de Janeiro, o Commendador João Pereira Darrigue Faro pelo Presidente o Conselheiro Luiz Pedreira do Coutto Ferraz por occasião de passar-lhe a administração da mesma Província em 03 de maio de 1852, Niterói, Typographia de Amaral e Irmão, 1852 (parte).

Junto com que família teria embarcado ?? Inicialmente suspeitei que teria sido com a família Uhlmann. Inicialmente ...

Recentemente recebi de Suzete S. Glitz, a transcrição de um documento que ela havia soliticitado ao Arquivo da Turíngia (Rudostadt). O mais interessante neste documento é que ele responde à pergunta: Com quem veio Raimundo?  Abaixo, repasso o que ela tão gentilmente enviou:


Attest

Dass an nachgenannte Einwohner zu Böhlen :
  1. Johann Heinrich Nikol Wenzel und dessen Frau und 3 Kinder auch Christian Emil und Ali Schneider.
  2. Christian Friedrich Morgenroth, dessen Ehefrau und deren 2 Kinder, auch Johann Julius Morgenroth;
  3. Christoph Nikol Eger , dessen Ehefrau und 8 Kinder;
  4. August Ferdinand Ebert , dessen Verlobte Grossmann und deren Sohn , auch Friedrich Ebert und Christian Simon Albert Knatner;
  5. Gottfried Ehrhardt , dessen Ehefrau und 5 Kinder, auch Beate Tischer;
  6. Karl Henklein und dessen Verlobte Rosenbaum und deren Kind,
  7. Johann Friedrich Uhlemann , dessen Ehefrau und 7 Kinder,
  8. Friedrich Ferdinand Bratfisch, dessen Ehefrau und 6 Kinder, auch Raymund Jakobi;
  9. Christian Wilhelm Metzger, dessen Ehefrau und 4 Kinder , auch Heinrich Georg Bergmann und Christian August Bauer;
  10. Heinrich Jakob Elias Männchen, dessen Ehefrau und 6 Kinder;
  11. Georg Nikol Wilhelm Bauer, dessen Ehefrau und 4 Kinder;
  12. Nikol Heinrich Harrass, dessen Verlobte und deren 3 Kinder
Die Reiselegitimation zur Auswanderung nach Brasilien ausgehändigt werden können, wird bescheinigt.
Königsee , de 2. März 1852
Fürstl. Schwarzb. Justiz-Amt das.(sc.selbst)

(Ass.: ilegível)
Carimbo do Fürstl.
Schw.Justiz Amt
Sign. cad.
Haben sämtl unter 1-12 aufgeführten 
Familienhäupter
Ausw.-Pässe bekommen.
Schr. (ass. Ilegível)

Negrito meu. O documento está em gótico e segundo Suzete, "trata-se, pelo visto, de um atestado passado pela competente autoridade de que as pessoas citadas receberam a legitimação para viajar ao Brasil, para o que lhe foram expedidos os passaportes de viagem aos "cabeças" de famílía (Familienhäupter)."

Ao contrário do que pensei inicialmente, ele não veio com a família Uhlmann, Raimund Jacobi veio acompanhando a família Bratfisch.



Lista de passageiros, embarque da família Bratfisch no navio Catharina no porto de Hamburgo em 1852, daqui.