domingo, 30 de dezembro de 2012

ATUALIZAÇÃO - RÜHER - ONDE MORAVA GUSTAV EM BLUMENAU

Quando Marie Tekla Jacobi (filha de Raimund) e Gustav Richard Rühe (filho de Johann Hermann)  se casaram, adquiriram o lote 43 com 62.500 braças quadradas, em Blumenau, no distrito de Itoupava, ribeirão de Massaranduba (marcada em verde nos mapas abaixo), e aí foram constituir família.

Para a aquisição dos lotes, além do pagamento, os colonos assinavam um termo bilingue com condições de uso, com regras para o desenvolvimento da agricultura e moradia.  

A designação do lote de Gustav, com as devidas obrigações, foi assinada em maio de 1890. O direito ao titulo definitivo em novembro de 1894. Em quatro anos e meio, a família pagou e quitou seu lote.

"Cláusula 3ª : O comprador obterá o título definitivo de propriedade definitiva do lote designado depois de ter pago integralmente a sua importância, saldado tudo quanto dever à Fazenda Nacional, e provado que, por si ou por pessoa de sua confiança, tenha tido no mesmo lote um anno, pelo menos de reisdência habitual e cultura effectiva."




Documentos disponíveis para consulta no Arquivo Público de Santa Catarina, Florianópolis.

Também os irmãos da mulher de Gustav Rüher, Tekla Jacobi, tiveram lotes em Blumenau, Carl, Wilhelm e Albert.



No mapa acima, em verde a margem esquerda do ribeirão Itoupava, distrito XIV, onde era o lote de Gustav Rühe e Marie Tekla Jacobi depois de casados.

Em azul a localização aproximada do lote de Raimund Jacobi, nas margens do ribeirão da Mulda, onde viveu Marie Tekla Jacobi enquanto solteira.

Em vermelho a localização aproximada do lote de Johann Hermann Rühe em Blumenau, na região do Encano Norte, onde viveu Gustav Richard Rühe enquanto solteiro.





sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

ATUALIZAÇÃO - JACOBI - O LOTE DE RAIMUND JACOBI EM BLUMENAU

Por oito anos, Raimund Jacobi permaneceu na fazenda cafeeira fluminense Santa Justa. Em março de 1861 transferiu-se com a família para a colônia Santa Isabel em Santa Catarina. Aí ficou mais alguns anos. Antes de 1873, mudou-se novamente  com a família, desta vez para a colônia Blumenau, cerca de 150 km. ao norte.

Na colônia Blumenau, Raimund Jacobi adquiriu o lote n° 87, com 82.727 braças quadradas (400.400 m²) no ribeirão da Mulda. 
"O terreno constante da prezente medição é de ínfima qualidade visto ser muito montanhoso."






O documento acima é o Memorial de Medição do lote de Raimund, feito pelo agrimensor João Breithaupt em 8 de maio de 1884, disponível para consulta no Arquivo Público de Santa Catarina. Nessa data Raimund contava com aproximadamente 55 anos e estava há pelo menos 10 em Blumenau. A solicitação do título de propriedade definitivo foi feita em 1895, conforme visto aqui.







O dois mapas foram disponibilizados pela pesquisadora Brigite Brandenburg no grupo Yahoo SC-Gen, muito obrigada !!! O primeiro, completo, está aqui.

A numeração do lote no primeiro mapa de 1872 e a descrição do lote constante no Memorial de Medição acima de 1884 (cita confronto oeste com o ribeirão), não conferem. Pode ter acontecido alguma  modificação na numeração dos lotes neste intervalo de tempo ou algum erro do agrimensor ou meu mesmo ...

Os filhos de Raimund também viveram em Blumenau, CarlWilhelmAlbert e Tekla. A documentação existente referente aos lotes que adquiriram está disponível para consulta no Arquivo Público de Santa Catarina, Wilhelm Jacobi ainda possui a documentação de um segundo lote que está disponível para consulta no Arquivo de Blumenau.



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

ATUALIZAÇÃO - JACOBI - COM QUEM VEIO RAIMUNDO ?

Em 1852 chegou ao Brasil, Raimund Jacobi, vindo de Böhlen, na Turíngia, para trabalhar numa das colônias de parceria fluminenses. Sempre me perguntei como teria vindo, já que por força contratual ele não poderia ter imigrado solteiro e sem família, como de fato veio. Com quem teria vindo ?




Fonte: Relatório apresentado ao Exmo.Sr.Vice-Presidente da Província do Rio de Janeiro, o Commendador João Pereira Darrigue Faro pelo Presidente o Conselheiro Luiz Pedreira do Coutto Ferraz por occasião de passar-lhe a administração da mesma Província em 03 de maio de 1852, Niterói, Typographia de Amaral e Irmão, 1852 (parte).

Junto com que família teria embarcado ?? Inicialmente suspeitei que teria sido com a família Uhlmann. Inicialmente ...

Recentemente recebi de Suzete S. Glitz, a transcrição de um documento que ela havia soliticitado ao Arquivo da Turíngia (Rudostadt). O mais interessante neste documento é que ele responde à pergunta: Com quem veio Raimundo?  Abaixo, repasso o que ela tão gentilmente enviou:


Attest

Dass an nachgenannte Einwohner zu Böhlen :
  1. Johann Heinrich Nikol Wenzel und dessen Frau und 3 Kinder auch Christian Emil und Ali Schneider.
  2. Christian Friedrich Morgenroth, dessen Ehefrau und deren 2 Kinder, auch Johann Julius Morgenroth;
  3. Christoph Nikol Eger , dessen Ehefrau und 8 Kinder;
  4. August Ferdinand Ebert , dessen Verlobte Grossmann und deren Sohn , auch Friedrich Ebert und Christian Simon Albert Knatner;
  5. Gottfried Ehrhardt , dessen Ehefrau und 5 Kinder, auch Beate Tischer;
  6. Karl Henklein und dessen Verlobte Rosenbaum und deren Kind,
  7. Johann Friedrich Uhlemann , dessen Ehefrau und 7 Kinder,
  8. Friedrich Ferdinand Bratfisch, dessen Ehefrau und 6 Kinder, auch Raymund Jakobi;
  9. Christian Wilhelm Metzger, dessen Ehefrau und 4 Kinder , auch Heinrich Georg Bergmann und Christian August Bauer;
  10. Heinrich Jakob Elias Männchen, dessen Ehefrau und 6 Kinder;
  11. Georg Nikol Wilhelm Bauer, dessen Ehefrau und 4 Kinder;
  12. Nikol Heinrich Harrass, dessen Verlobte und deren 3 Kinder
Die Reiselegitimation zur Auswanderung nach Brasilien ausgehändigt werden können, wird bescheinigt.
Königsee , de 2. März 1852
Fürstl. Schwarzb. Justiz-Amt das.(sc.selbst)

(Ass.: ilegível)
Carimbo do Fürstl.
Schw.Justiz Amt
Sign. cad.
Haben sämtl unter 1-12 aufgeführten 
Familienhäupter
Ausw.-Pässe bekommen.
Schr. (ass. Ilegível)

Negrito meu. O documento está em gótico e segundo Suzete, "trata-se, pelo visto, de um atestado passado pela competente autoridade de que as pessoas citadas receberam a legitimação para viajar ao Brasil, para o que lhe foram expedidos os passaportes de viagem aos "cabeças" de famílía (Familienhäupter)."

Ao contrário do que pensei inicialmente, ele não veio com a família Uhlmann, Raimund Jacobi veio acompanhando a família Bratfisch.



Lista de passageiros, embarque da família Bratfisch no navio Catharina no porto de Hamburgo em 1852, daqui.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

ATUALIZAÇÃO - BEHRINGER E JACOBI - A VIAGEM DE WILHELM E RAIMUND

Um dos jornais que faziam a propaganda da imigração para o Brasil, América do Norte ou Austrália era o "Allgemeine Auswanderungs Zeitung", da Turíngia, cujas edições de 1846 até 1870 estão disponíveis para consulta on-line aqui.


Quer saber como eram movimentados os portos europeus em meados do séc. XIX ???



O grifo em vermelho ressalta a partida no navio Lorenz em que viajou Wilhelm Behringer com a família. Observe que a data inicial era 25 de fevereiro de 1852, o navio acabou atrasando e partindo dia 11 de março. O porto de Hamburgo era bastante movimentado,  no dia 25 de fevereiro eram 18 navios com partidas marcadas.

Como eram as propagandas para imigração ??


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

RESUMO E BIBLIOGRAFIA


Com esta postagem encerro a divulgação da pesquisa que fiz sobre a família da minha avó materna (da mãe da minha mãe): os Rüher, os Jacobi e os Behringer de Santa Catarina. Existe muito muito mais a ser pesquisado, e conforme forem feitos os novos achados, pretendo atualizar o blog.


As novas postagens serão sobre a família do meu avô materno (do pai da minha mãe), que envolve os franceses Robert e os alemães Gerber e Bunde de Curitiba. Outra linda e emocionante história !!!

Até agora conhecemos,

Wilhelm Behringer, que  teve os filhos:
  1. Marie Louise Behringer, minha trisavó
  2. Elizabeth (casada com Friedrich Uhlmann)
  3. Friedrike (casada com Treuhardt Männchen)
  4. Theodor (casado com Leonor Bergmann)
  5. Michael (casado com Sophie Beselin ou Berlin ou Bellin)

Raimund Jacobi casou com Marie Louise Behringer em 1852 em Petrópolis e teve os filhos:
  1. Carl August Friedrich (casado com Marie Christiane Josiger)
  2. Carl Friedrich Wilhelm (casado com Emilie Ernestine Berner, Marie Sievers, Henriette Ziemer)
  3. Peter Friedrich Christian (casado com Auguste Fritske Berner)
  4. Marie Tekla (casado com Gustav Richard Rühe), minha bisavó
  5. Albert Friedrich Theodor (casado com Ottilie Baumgärtel)
  6. Heinrich Christian Theodor
  7. Laura Wilhelmine Leonore (casada com Heinrich Blank)
  8. Marie Therese Lisette

Johann Hermann Rühe casou com Clara Louise Wendt na Prússia e teve os  filhos:
  1. Anna Rühe (casada com Friedrich Krüger)
  2. Anton Otto Rühe (casado com Maria Júlia Matte)
  3. Hulda Ludowika Rühe
  4. Gustav Richard Rühe, meu bisavô

Marie Tekla Jacobi casou em 1884 em Blumenau com Gustav Richard Rühe e teve os filhos:
  1. Hermann Albert (casado com Catharina Jacobi e Beatriz Cardoso)
  2. Wilhelm Otto (casado com Thereza Denk)
  3. Richard Luis (casado com Ida Jacobi Klabunde e Maria Martins)
  4. Maria (casada com Gustavo Helbing)
  5. Emília (casada com Gumercindo de Oliveira Godoy)
  6. Helena (casada com Heinrich Gestmeier)
  7. Ricardo (solteiro)
  8. Arthur (solteiro)
  9. Anna (casada com Fernandes Robert) minha avó
  10. Theodoro Rüher (casado com Rosa Criminacio)


Anna Rüher casou em 1924 em Curitiba com Fernandes Robert e teve as filhas:
  1. Maria de Lourdes, minha mãe
  2. Dolores
Bem-vindo, Fernandes Robert !!!


BIBLIOGRAFIA

Além dos links e livros já citados, foram usados:

ALVES, Débora B. - Cartas de imigrantes como fonte para o historiador: Rio de Janeiro-Turíngia (1852-1853), disponível aqui

BÖBEL, Maria Theresa e outra – Joinville – os pioneiros: documento e história, Ed. Univille, 2001.

CARNEIRO, David - O Paraná e a Revolução Federalista,

COSTA, Emília Viotti da – Da senzala à colônia, Difusão Européia do Livro, São Paulo, 1966.

FICKER, Carlos – História de Blumenau,

HENKELS, Henry - Indíos Botocudos, os nativos indígenas da região norte catarinense, disponível aqui

HOLANDA, Sérgio Buarque – História Geral da Civilização Brasileira,


JOCHEM, Toni Vidal – Pouso dos Imigrantes, Florianópolis: Papa-livro, 1992.

JOCHEM, Toni Vidal -A epopéia de uma imigração, Ed. do autor, 1997.

KÜHL, Johann - Como me tornei um negro-branco, in Kalender für die Deutschen in Brasilien. São Leopoldo, Rotermund, 1915, pg. 343-353, tradução de Brigitte Brandenburg.

MARTINS, Ana Luiza – Império do café,

MENDES, José Sachetta Ramos – Desígnios da lei de terras: imigração, escravismo e propiedade fundiária no Brasil Imperial, Caderno CRH, vol. 22 n° 55, Salvador acessado em março 2012, disponível aqui


Prefeitura de Blumenau-Sc – www.blumenau.sc.gov.br

Relatórios de 1852, 1858, 1860 e 1861 disponíveis no site www.crl.edu.

SANTOS, Manoel R.S. Teixeira - Vida e trabalho na floresta, UFSC, disponível aqui

SEIFERTH, Giralda – Problemas de classe e gênero em narrativas de imigrantes, disponível  aquiacessado em março de 2012.

SENA, Priscila Carboneri de – Varíola e febre amarela: fontes de preocupação em Desterro, Revista Santa Catarina em História, Florianópolis, UFSC, v.1, n.1, 2008, disponível aqui acessado em abril de 2012.

SILVA, J. Ferreira da – História de Blumenau, Florianópolis: Edeme.

STOER, HERMANN – Crônica da Paróquia Santa Isabel in JOCHEM, Toni Vidal (org.) - Sesquicentenário da Colônia Alemã Santa Isabel – 1847-1997, Águas Mornas:

TSCHUDI, Johann Jakob von – As colônias de Santa Catarina, Blumenau: CNPq: Fundação Casa Dr. Blumenau, 1988.

VICENZI, Jacomo - Uma viagem ao estado de Santa Catharina em 1902, Typ. Marino, Nictheroy, 1904, disponível aqui

Pesquisadores dos grupos yahoo sc_gen e imigracaoalema, que forneceram mapas, informações, orientações para leitura, tradução de documentos, etc..,





terça-feira, 13 de novembro de 2012

FAMÍLIA DE ANNA RÜHE (RÜHER)


Anna Rüher, minha avó, mais conhecida como Estela. Nasceu em 04 de outubro de 1902 em São Bento do Sul. 


Cedo todas as crianças Rüher ficaram orfãs de mãe (1905) e pai (1909). As meninas Rüher foram para Curitiba: Maria, Emília, Helena e Anna. Não sei como se deu essa transferência, sei apenas que minha avó saiu adolescente  de São Bento e como  foi batizada em 1912 na Igreja Luterana da cidade, acredito que tenha ido para Curitiba depois desta data. Aí trabalhou em casa de família e na fábrica de fósforos FiatLux. Casou com Fernandes Robert no dia 23 de fevereiro de 1924.

Segue parte do Registro Civil do casamento, com a assinatura dos noivos e testemunhas: Attílio Brunetti (Juiz Districtal), Fernandes Robert (o noivo), Anna Rüher (a noiva), André Legat (testemunha e tio do noivo), Fernando Gerber (testemunha e tio do noivo, em cuja residência foi realizado o matrimônio) e Mariano Teixeira da Costa (escrivão).


Fonte: www.familysearch.org, Brazil Civil Registration, Curitiba, matrimônios 1920-1924, pp. 374-435 (parte).

E o casal teve duas filhas. A primeira Lourdes, minha mãe, nascida em dezembro de 1924.

Lourdes, sua mãe Anna e o papagaio, ~1930

A segunda, Dolores, nascida em 27 de novembro de 1926 e falecida precocemente com quase dois anos de idade, no dia 01 de novembro de 1928, vítima de bronco-pneumonia.

Depois de casada costurou muito, numa Singer com pedal, fazendo capas para cavaleiros (tropeiros),  vendidos em uma loja de Curitiba. Depois, em sua casa,  vendeu fitas e rendas e por fim lingerie, da marca "Princesa" de Joinville-SC. Morou em vários locais na cidade, na av. Sete de Setembro, na rua André de Barros, na Av. N.Sra. Aparecida, na rua Lamenha Lins. Em 1971 (~) foi morar no bairro Boqueirão, na rua José Nogueira dos Santos. 

Em Curitiba, 1939
Anna faleceu dia 18 de outubro de 1978 e foi sepultada no Cemitério da Água Verde em Curitiba.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

FAMÍLIA DE THEODORO RÜHE (RÜHER)

Theodoro foi o filho caçula de Tekla e Gustav Rüher. Nasceu dia 28 de fevereiro de 1905  na cidade de São Bento do Sul. Após seu parto faleceu Tekla geb. Jacobi. 



Fonte: www.familysearch.org, Brazil Civil Registration, São Bento do Sul, nascimentos, 1902-1905, pp. 162-206.

Casou com Rosa Criminacio dia 14 de maio de 1938, na cidade de Caçador-SC, e com ela teve dez filhos: Irma, Gustavo, Milton, Neri, Lourdes, Helena, Luiz, Antônio, Ari e Ana Maria (nati-morta).



Fonte: www.familysearch.org, Brazil Civil Registration, Caçador, matrimônios, 1935-1942, pp. 64-303 (parte)

Theodoro faleceu em 04 de setembro de 1968 no município de Octacilio Costa SC, na região de Lages, planalto catarinense.

Theodoro em 1962 :

terça-feira, 6 de novembro de 2012

FAMÍLIA DE HELENA RÜHE (RÜHER)


Após o nascimento de Emília em Blumenau, a família se transferiu por um curto período para a cidade de Curitiba, fugindo da Revolução Federalista. Aí Helena nasceu, em 8 de dezembro de 1895, no Largo da Ordem, região central da cidade. Em seguida a família retornou para o estado de Santa Catarina.

Casou no civil com Henrique Göstemeier em 15 de setembro de 1925, na cidade de Canoinhas-SC, então Ouro Verde, veja aqui.




Henrique era nascido em 11 de outubro de 1880 na Alemanha. Com ele, Helena teve três filhas Amália, Minna e Irma, a primeira nascida em Piên-PR e as outras meninas nascidas em Canoinhas-SC, na Colônia São Bernardo.

Helena morava no bairro da Vila Hauer em Curitiba junto com a filha Irma e os netos. Faleceu em 03 de janeiro de 1979, tendo sido sepultada no Cemitério do Boqueirão.

Fotos da família Rüher, clique aqui.








sexta-feira, 2 de novembro de 2012

FAMÍLIA DE EMÍLIA RÜHE (RÜHER)

Emília nasceu em 16 de setembro de 1893 em Blumenau. Casou com Gumercindo de Oliveira Godoy em junho de 1915, no cartório de São Casemiro do Taboão (Centro Cívico) em Curitiba, veja aqui.



Fonte: Jornal "A República", de 29 de maio de 1915.

Morou em Curitiba, no bairro das Merces, na rua Victorio Viezzer. Gumercindo era delegado de polícia na região, trabalhava para o governo estadual e foi umas das pessoas responsáveis pela construção do colégio Francisco Zardo, no bairro Santa Felicidade.



Foto e informações sobre o colégio, clique aqui. Mais informações ainda, clique aqui.

Emília teve vários filhos entre eles Maria, Antenor, Arthur (tio Zinho, nascido em maio de 1918), Augusto (de janeiro de 1920).

Quatro irmãs, em Curitiba (~1963-1964). A partir da esquerda Helena, Emília de Oliveira Godoy, Maria e Estela (Anna) minha avó.



Mais fotos da família Rüher, clique aqui.
(Aceito contribuição !!)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

FAMILIA DE MARIA RÜHE (RÜHER)


Maria Rühe nasceu em 16 de julho de 1891 em Blumenau. Casou em 26 de dezembro de 1914 em Curitiba-Pr (Portão) com Gustavo Helbing, ele filho de Adolpho e Eva Helbing, veja aqui 



Fotocópia de foto das irmãs Maria e Anna

Tenho apenas uma cópia tipo xerox dessa foto aí em cima, se você tiver o original, poderia escanear e me enviar ? Agradeço muito, aljcastelhano@gmail.com.

Algumas fotos de Maria Rüher aqui.

Fotos de prováveis integrantes da família Rüher, aqui. Aceito confirmação e qualquer contribuição !! :)



Após seu casamento o casal passou um período na região de São Bento do Sul-SC, onde nasceu a filha Clara em 25 de janeiro de 1916. Em 1936 na cidade de Curitiba, Clara casou com Constantino Tedesco. 

Para saber mais sobre Clara Tedesco, conhecida parteira do bairro do Boqueirão de Curitiba, clique aqui e aqui.

A segunda filha do casal Maria e Gustavo, Paulina Helbing, nasceu na estrada Isabel, município de  Corupá-SC em 17 de fevereiro de 1918. Paulina casou com Daniel de Oliveira e morava em Guarapuava-PR.

Além de Clara e Paulina, Maria e Gustav Helbing tiveram mais 4 filhos, Paulo (também nascido em Corupá em maio 1920), Augusto, Tekla (nascida em Curitiba em 1922) e Albino. Portanto, entre 1920 e 1922, Maria Rueher, seu marido Gustav Helbing e as crianças sairam de Santa Catarina e passaram a viver em Curitiba-PR.

Em Curitiba, Maria Rüher morava no Boqueirão nas proximidades da Rua Tenente Tito Teixeira de Castro. Sua casa tinha um grande terreno, com aves, cavalo e charrete, uma vaca e gansos que ficavam em bando pelas ruas da redondeza. 




Não eram educadinhos como esses, não ....


Na copa da casa , existia uma prateleira com vidros enfileirados cheios de cobras em formol, todas coletadas na região. A filha Clara morou nessa mesma casa com a família.






sexta-feira, 26 de outubro de 2012

FAMÍLIA DE RICHARD LUÍS RÜHE (RÜHER)


Data de nascimento: 24 de outubro de 1888
Nome: Richard Luis Rühe
Origem: Massaranduba
Nome do pai: Gustav Rühe
Nome da mãe: Thecla geb. Jacobi
Padrinhos: H. Ruseler, Maria Jacobi
Fonte: Arquivo de Blumenau

Segundo anotações de minha mãe, Richard Luís teria tido três casamentos, o primeiro com a prima Ida Jacobi, o segundo com Maria Klabunde e o último com Maria Martins. 

Casamento de Richard Luis e Ida, ano 1914
Noivo: Richard Luis Rühe, 
Residência: Hansa (atual Corupá-SC)
Pais: + Gustav Rühe e Tekla geb. Jakobi
Idade: 25 anos
Noiva: Ida Friedrike Jakobi
Residência: Hansa (atual Corupá-SC)
Pais: Albert Jakobi (irmão de Tekla Jakobi) e Otília geb. Baumgaertel
Idade: 20 anos
Fonte: Livro da Igreja Luterana de São Bento do Sul, Matrimônios, 1914, reg. n° 2 (microfilme 2244066 SUD). 

O casamento civil foi dia 24 de maio de 1913 em Jaraguá do Sul, veja aqui, onde ele declarou ser lavrador na estrada Isabel em Corupá.

Richard Luís e Ida tiveram pelo menos uma filha, Rosa, nascida em 20 de agosto de 1914 em Corupá e registrada em agosto de 1919, veja aqui. Batismo de Rosa Ottília na Igreja Luterana de São Bento do Sul dia 24 maio de 1914  onde consta que ela teria nascido em 20 de agosto de 1913, veja aqui

Maria Klabunde faleceu em Corupá dia 4 de dezembro de 1938 e deixou 8 filhos, 7 menores e 1 maior de idade, veja aqui. Com Richard teve pelo menos 2 filhos, Luiz Ruhr Fº nascido em 28.3.1928 em Corupá e Evaldo nascido aproximadamente em 1930 também em Corupá.

Segundo o bisneto Antônio Carlos Rühr Jr., Richard e Maria Klabunde tiveram os filhos : Alfredo Rühr, Margarida Estella Rühr, Adélia Rühr, Cecilia Rühr, Luiz Rühr Junior, Ewaldo Rühr, Artur Rühr e Guilherme Rühr.

Com Maria Candida Martins, Richard Luís Rüher casou dia 28 de novembro de 1950, em Corupá, Santa Catarina, veja aqui.

Segundo Antônio Carlos Rühr Jr., Richard e Maria Candida tiveram uma filha de nome Edite Maria Guedes falecida aos 81 anos de idade em 04 dezembro de 2020 em Curitiba, portanto nascida cerca de 1939.

Richard faleceu dia 23 de junho de 1957 em Curitiba, 1º cartório, sepultado no Cemitério do Santa Candida, veja aqui

Para saber como era a vida em Corupá no início do séc. XX, leia O Diário de uma Imigrante. O diário começa aqui e segue nas postagens posteriores.



Foto disponibilizada no grupo Facebook Antigamente em Hansa Humboldt, veja aqui.


Foto também disponibilizada no grupo Facebook Antigamente em Hansa Humboldt, veja aqui, escola alemã da estrada Isabel em Corupá nos primeiros anos do séc. XX.

Os descendentes de Richard Luis Rüher acabaram com uma segunda corruptela do sobrenome original Rühee, levam o sobrenome Ruehr ou Rühr. Ou seja, o original Rühee passou a Rüher e nesta familia, finalmente, a Rühr.









terça-feira, 23 de outubro de 2012

FAMÍLIA DE WILHELM OTTO RÜHE (RÜHER)


Data de nascimento: 02 de fevereiro de 1887
Nome: Wilhelm Otto Rühe
Origem: Massaranduba
Nome do pai: Gustav Rühe
Nome da mãe: Thecla geb. Jacobi
Padrinhos: Wilhelm Jacobi, Bertha Wulf
Fonte: Arquivo de Blumenau

Em treze de dezembro de 1910 casou com Theresa Denk.



Fonte: www.familysearch.org, Brazil Civil Registration, São Bento do Sul, matrimônios 1907-1913, pp. 153-258 (parte)

Theresa faleceu aos 65 anos, já viúva, dia 26 de dezembro de 1958 em Píen (PR), veja aqui.

No seu Registro de Óbito constam 8 filhos: Otto, Adolfo, Alfredo, Clara, Tereza, Margarida, Paula e Cristina.




sexta-feira, 19 de outubro de 2012

FAMILIA DE HERMANN ALBERT RÜHE (DEPOIS RÜHER)


Nasceu dia 25 de dezembro de 1885, em Massaranduba, ainda Blumenau.

Data do nascimento: 25 de dezembro de 1885
Nome: Hermann Albert Rühe
Origem: Massaranduba
Nome do pai: Gustav Rühe
Nome da mãe: Thecla geb. Jacobi
Padrinhos: Albert Jacobi, Pauline Bilski
Fonte: Arquivo Público de Blumenau

Em 14 de julho de 1917, no lugar Fragozo, município de Piên-Pr, casou com Beatriz Cardoso.



Fonte: www.familysearch.org, Paraná, Piên, matrimônios, 1905-1919, pp. 204-242 (parte)

Hermann ou Germano Rüher faleceu em Rio Negrinho-SC (Salto Branco) no dia 19 de outubro de 1934 e deixou três filhos, Ida, Manoel e João Maria.

Em 1957, Manoel residia em Rio dos Bugres, veja aqui.



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

PLANILHA - FAMÍLIA RÜHE (RÜHER)


Filhos de Gustav Richard Rühe (Rüher) e Marie Tekla Jacobi:
  • Hermann Albert, casado com Catharina Ferreira e Beatriz Cardoso, para saber mais clique aqui
  • Wilhelm Otto, casado com Theresa Denk, para saber mais clique aqui
  • Richard Luis, casado com Ida Jacobi, Maria Klabunde e Maria Candida Martins, clique aqui
  • Maria, casada com Gustav Helbing, clique aqui
  • Emília, casada com Gumercindo de Oliveira Godoy, clique aqui
  • Helena, casada com Heinrich Gestmeier, clique aqui
  • Ricardo, solteiro, teria falecido vítima de um coice de cavalo
  • Arthur, solteiro
  • Anna, casada com Fernandes Robert, clique aqui
  • Teodoro, casado com Rosa Criminacio, clique aqui



Quatro irmãs em Curitiba, sem data (provavelmente 1964-1965), a partir da esquerda Helena, Emília, Maria e Anna (Estela).

Mais fotos da família Rüher, clique aqui.
Ainda tenho dúvidas quanto a essas fotos aqui.
Aceito contribuição !




quarta-feira, 10 de outubro de 2012

OS COLONOS E OS HABITANTES DA FLORESTA

Quando os imigrantes alemães chegaram nas colônias do sul, o ambiente encontrado era totalmente selvagem. Flora e fauna completamente diversa da que estavam acostumados, exuberante floresta atlântica tropical, calor, umidade, doenças tropicais desconhecidas, animais selvagens de pequeno e grande porte, grupos indígenas vivendo por toda a região. 


Acervo Arquivo de Blumenau

Morar próximo à mata virgem significava o convívio com animais silvestres. O autor José F. Silva, em sua "História de Blumenau" conta que 
“... um fato inusitado e de dolorosas consequências, deu-se no povoamento, que se levantara em 1879, das linhas Itoupava e Massaranduba. Um colono, Cornélio Murphy, que se situara num dos primeiros lotes da região, ocupava um rancho de palmitos, cujas paredes estavam cheias de frestas. Uma onça, proveniente do mato próximo, acercou-se, cautelosamente do rancho e através de uma dessas frestas alcançou com a pata dianteira o colono que dormia a sono solto. Gravemente ferido, Murphy faleceu dois dias depois no hospital da Colônia, para onde foi transportado. Esse fato causou triste repercursão e surpresa em toda região. Onças e outra feras, havia-as inúmeras pelas redondezas. Nunca, porém, se ouvira dizer que elas chegassem assim tão perto do homem, a ponto de atacá-lo no próprio leito. A luta contra essa espécie de habitantes da floresta fora comum nos primeiros dias da colonização. Onças, jaguares, guaraxains, vinham buscar suas presas nos currais e galinheiros anexos às primitivas residências dos colonos, mas não havia, até então, acontecido caso semelhante ao de Murphy”.

Gustav Rühe e TeKla assim que casaram em 1884, foram morar na região de Massaranduba, conforme o registro de batismo de seus três primeiros filhos.

Se por um lado a proximidade com a floresta podia ser perigosa, por outro podia significar alimentos e uma fonte extra de renda.  A  caça  de "bicho do mato", paca, veado, porco do mato, anta, jacutinga, jacu, macuco que os Rühe vendiam em São Bento do Sul, depois de se mudarem para lá (1896) e  com os quais complementavam a alimentação também.

OS ÍNDIOS (os bugres)

Helena Rühe em seu depoimento, disse que na 
"... Estrada dos Bugres (em São Bento do Sul, nos primeiros anos do séc. XX), os bugres nunca fizeram nada para a família... foram buscar casca de araçá, cedo, ouviram o barulho de passos e as crianças fugiam para casa. Se esqueciam qualquer coisa fora, machado ou (ilegível), os bugres pegavam."


Início da estrada dos Bugres - S. Bentodo Sil - 2012

A questão indígena é bastante recorrente em vários livros e textos sobre a colonização na região sul do país. 




Abaixo um vídeo de 1928 feito por ocasião da passagem de Günther Plüschow pela região de colonização alemã no Brasil, Blumenau inclusive.




Bugreiros eram contratados para afugentar, prender ou matar os índios. Na foto o mais conhecido bugreiro de Blumenau, Martinho Bugreiro,  com sua tropa e vítimas, apenas mulheres e crianças.

Epa ... tinha um sujeito com dor de dente ali !!!


da revista Blumenau em Cadernos

Para saber mais sobre os índios nativos de Santa Catarina, ler a pequisa de Henry Henkels, disponível aqui.

Um caso ocorrido na colônia Dona Francisca em 1873, colonos e índios, leia aqui.

Reportagem de Carol Macário, do Diário Catarinense, aqui. Excelente !!!

Sobre os povos indígenas em SC e no Brasil, https://pib.socioambiental.org/pt/povo/kaingang